Resenha - Agnus Dei - A Idade do Sangue

Agnus Dei - A Idade do Sangue

Julianna Costa

Grimório Editorial

373 páginas

Sediada dentro de um hospício, oculta da sociedade, encontra-se a Ordem de Aset. Uma dentre as cinco Grandes Organizações com o dever de caçar e exterminar crias do escuro, seres sobrenaturais aos quais se enquadram demônios, vampiros, lobisomens, bruxas e toda a horda de entes abissais. 

A busca por uma garota, recém-descoberta como uma possível reencarnação de um dos fundadores da Ordem, incide num confronto épico envolvendo outra Organização, a Agnus Dei, iniciando a contagem de uma trama frenética que promete levar a História a mais densa das eras: a Idade do Sangue.

Julie era uma garota comum, trabalhava, estudava, adorava praticar esportes radicais em lugares isolados, para relaxar. Sua vida muda radicalmente quando é vítima de uma tentativa de assassinato, quando é salva pelo misterioso Maasi.  Julie acorda na Ordem de Aset, confusa com tudo o que aconteceu e com o que querem com ela. Descobre que agora é uma vampira e precisa aprender a conviver com as mudanças no seu corpo. Precisará lidar com o vampiro Maasi, que está preso a um pacto de sangue a líder da Ordem, Theresa Monte. Em meio ao caos que encontra sua vida, Julie conhece Lucas, o único amigo que realmente se importa com ela.

Tudo indica que Julie é a reencarnação de uma dos fundadores da Ordem e a tradição é que ela assuma seu lugar na liderança. Mas existem outras organizações que não querem que ela não assuma essa posição. Monte parece ter outros planos para a garota, Maasi quer descobrir uma forma de se libertar do seu pacto, utilizando de Julie. Em quem confiar? Quem está falando a verdade?

Agnus Dei – A Idade do Sangue é uma história que agradará os fãs mais conservadores do universo vampírico. Os seres sobrenaturais são perigosos, manipuladores, que buscam poder. Maasi é um exemplo perfeito para isso, um dos mais antigos vampiros com um poder incomparável, que está procurando uma forma de se ver livre do seu pacto.

O enredo é recheado de mistério e suspense, deixando o leitor atento para cada detalhe e assim descobrir o que está acontecendo em toda a trama. A autora mostra que a linha entre o bem e o mal é muito tênue, muitas vezes se confundindo.

O começo do livro é um pouco confuso, pois o leitor é inserido rapidamente na trama e demora um pouco para entender tudo o que está acontecendo. Mas, conforme o leitor se familiariza com os personagens, a história flui deliciosamente. Os dois melhores personagens em toda a trama (na minha opinião) são: Maasi e Lucas.

Lucas é o clássico mocinho preocupado e atencioso que se preocupa em fazer todo o possível para agradar a protagonista. Durante a história, nota-se que o casal sente mais que uma simples amizade, mas não conseguem ser claros nos sentimentos. Maasi é a dualidade em pessoa. Em momentos ele é frio e calculista, em outros, demonstra sentimentos e se preocupa com Julie, mas o leitor não consegue identificar se isso tem um propósito ou é um sentimento genuíno.

A edição da Grimório tem um diferencial quanto as páginas, as bordas e as páginas são mais escuras. Particularmente, prefiro as páginas amarelas, mas isso não significa que não admirei a escolha da arte.

Julianna Costa deixa o leitor curioso para um próximo volume, devido ao encerramento da história, quando o leitor descobre quem está por trás de toda a trama, o livro acaba. Mesmo com o começo um pouco confuso, eu adorei a história e espero ansiosamente a continuação já que quero ler mais sobre os meu personagens favoritos, Maasi e Lucas (risos).

Boa leitura!