Resenha - Indiana

Indiana

Lina de Alexandria

Editora Butterfly

216 páginas

Na Polônia invadida pelos nazistas, Natasha é prisioneira de um campo de concentração. Assediada por um oficial alemão,é obrigada a enfrentar uma gravidez indesejada. Percebendo a aproximação das tropas aliadas, os invasores batem em retirada. Enfraquecida e atormentada, Natasha reúne suas últimas forças e foge, sem rumo. Flagelada pelo Destino, é conduzida pela Divina Providência até a lendária Índia - terra de mistérios, tradições e espiritualidade. A pártir daí, acontecimentos inesperados e emocionantes irão reaproximar almas que necessitam aprender a amar e evoluir....

Romance envolvente e cativante numa linda história de amor e ódio que nos leva a reflexões sobre nossas ações perante a vida. Surpreenda-se com a fascinante narrativa de Natasha, sua família, seus amigos, desencantos, sonhos adormecidos e perdão, é assim que ela aprende a retirar forças para crescer espiritualmente.

O livro traz a história de Natasha, uma polonesa que estava se preparando para casar quando a 2ª Guerra Mundial acontece. Natasha é levada para um campo de concentração junto com os outros moradores da cidade, e lá começa a conhecer o horror da guerra. Natasha é separada dos demais quando um oficial alemão se interessa por ela. A polonesa fica presa em um pequeno quarto, onde é alimentada, limpa e tem uma cama para dormir, mas sabe que tudo isso não é de graça e que um dia será cobrada por toda mordomia. E o oficial alemão cobra a dívida, a violentando. 

Mas o inesperado acontece, e Natasha fica grávida.

Quando percebe a gravidez, Natasha não aceita, e quer de toda forma abortar a criança alemã, não quer gerar uma criança que nasceu do seu ódio e sofrimento. O oficial alemão a impede de fazer qualquer coisa que prejudique o bebê, e quando a criança nasce ele a leva a criança embora, deixando apenas que Natasha a amamente. 

Mas o “conforto” logo acaba, e Natasha é transferida para outro campo de concentração, e se separa do filho que não tinha nome.

As tristezas da guerra atingiram a todos, onde eles são trancafiados, explorados, violentados, assassinados. Não existe mais a esperança, apenas a certeza da morte. Como perdoar estes atos de covardia?

Natasha recebe uma segunda chance, quando consegue escapar do campo de concentração, e conhece o indiano Dahalin, que a leva para Índia. E esse é só o comecinho da vida de Natasha. Toda a trajetória da sua vida é emocionante.

O livro traz sobre a guerra que travamos internamente com os nossos sentimentos. Conhecemos quanto o preconceito pode afetar uma pessoa, e quanto pode se tornar cega pelo ódio que guarda no coração.

Mesmo com tudo o que aprendeu, com a oportunidade recebida, com todas as coisas que fazia, Natasha trazia uma tristeza profunda no coração, um sentimento que a impedia de amar.

No começo do livro eu me emocionei com o desespero que aquelas pessoas passaram na guerra. Todo o ódio que os alemães sentiam por um povo que nem sabia o que estava acontecendo.

Eu sou amante dos finais felizes, então me surpreendia um pouco com o que aconteceu no final. Mas relembrando tudo o que aconteceu com os personagens, não poderia ser diferente.

Uma história emocionante sobre ódio, segredo, perdão e amor.

Boa Leitura!