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Resenha - A Linguagem das Flores

em quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A linguagem das flores
Vanessa Diffenbaugh
Editora Arqueiro
295 páginas

Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção.
Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder.
Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular.
Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.

“Uma incrível história sobre a busca do caminho de volta para casa depois de se terem derrubado todas as pontes. Um capítulo após outro, A linguagem das flores partiu meu coração e depois colou os pedacinhos.” – Jamie Ford, autor de Um hotel na esquina do tempo

Victoria Jones, é uma órfã que passou a maior parte de sua vida em abrigos para menores abandonados, onde não conseguiu se relacionar bem com as pessoas. Agora, aos 18 anos, descobre-se ainda mais sozinha, e precisando aprender a se virar para poder sobreviver. A única coisa que ela sabe é que ama as flores.

Victoria conhece “A Linguagem das Flores”, aprendeu com a única mulher que amou como mãe: Elizabeth. Na era vitoriana, os amantes usavam as flores para transmitir mensagens românticas em segredo: rosas vermelhas para amor, crisântemos para verdade.

Para não morrer de fome, Victoria cria coragem e procura emprego na floricultura, e aos poucos começa a conquistar seu espaço, conquistando também outra chance de ser feliz. Victoria volta a se encontrar com Grant, sobrinho de Elizabeth, e aos poucos, os sentimentos dos dois se tornam maiores e intensos.

“Lentamente, a criança considerada inapta para adoção vai se transformando numa mulher plena – mãe, filha e amante – e capaz de amar, apesar do medo e dos traumas do passado."

Uma história delicada, regada a muitas flores e seus significados, que mostram o amadurecimento de Victoria, uma garota que precisa ser adulta muito rápido.

Victoria se sentia indignada de ser amada, devido a um erro no passado, quando colocou tudo a perder com Elizabeth. Ela não se perdoa pelo seu ato, não acredita que um dia saberá o que é amar, ou o que é o amor.

Momento off:
Enquanto lia o livro, me lembrei de algumas crianças que tive a oportunidade de conhecer, quando fui voluntária em um lar transitório infelizmente esse projeto acabou, mas não cabe a mim contar agora todos os detalhes que levaram ao fim desse maravilhoso projeto que participei. Essas crianças, por algum motivo foram afastadas dos pais, muitas não sabiam o que era ter um amor de mãe, um afeto, e aprenderam muito cedo o quanto a vida pode ser dura. Conforme fui avançando na história do livro, desejei que essas crianças, onde elas estivessem, pudessem descobrir o amor e saber o quanto a vida é preciosa, mesmo quando as dificuldades parecem não ter fim. 

Victoria encontra o amor, a vida, a vontade de viver, descobre o perdão, e se perdoa. Uma história essencialmente sobre amor e perdão, retratada com muita delicadeza e flores, muitas flores.

Boa leitura!

5 comentários:

  1. Ei, Carla! Tudo bem?
    Eu me emocionei muito com a sua resenha, principalmente com o "momento off"... Eu também já fui voluntária numa "Casa da Criança", aqui na minha cidade... E faz bem pouco tempo, na verdade.
    O mais impressionante, e uma coisa que eu vou levar para sempre comigo, era uma menininha de uns 6 anos... Ela estava no abrigo com os outros dois irmãos mais velhos... Eu não sei a história toda, mas eles foram afastados da família...
    Enfim... Ela tinha a risada mais linda que eu já vi na vida... A gente tem a crença de que crianças que crescem em lares adotivos as vezes são tristes e tal... Havia muito crianças tristes e problemáticas lá, sim, mas essa menininha...
    Ela ria, sabe? Ria de tudo, de tudo absolutamente. E aquele riso que faz você rir junto, entende?
    Enfim... Lendo a sua resenha me lembrei dela... E me emocionei muito... Quantas vezes a gente não reclamada da vida, né? E vive com um sorriso triste no rosto...
    Mas, enfim, linda resenha e eu fiquei muito curiosa para ler... Principalmente por causa dessa coisa das flores... Passa a impressão daquele tipo de livro realmente terno!
    Um beijo,
    Náh

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  2. Vc conseguiu me emocionar e desperta a vontade de ler esse livro. Ótima resenha, capa linda!

    beijos

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  3. Oi!

    Essa livro aparenta ser suave e delicado, e a história me interessa muito. Amei a resenha, está otima.

    Beijos, Caah.
    http://openmindbook.blogspot.com/

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  4. Nossa, Ka, que resenha linda e emocionante!
    Eu já tinha lido sobre esse livro e quando o vi pela primeira vez logo me apaixonei pela capa.
    A história parece ser super emocionante e sua resenha ficou ótima.

    Bjusss
    Mi - Viciados Pela Leitura

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  5. Oi, Ka.

    Lendo a sua resenha e o comentário da Náh, consegui me emocionar, porque lembrei-me do livro que estou lendo, mas com um tema diferente "Uma Vida sem Limites", onde o rapaz é uma lição de superação e ainda doi pensar o quanto pessoas saudáveis reclamam da vida por coisas ínfimas.

    Gostei do mote, desde que li a sinopse. Sempre amei flores e ver esse tema ligado a um drama fica ainda mais doce e prazeroso a leitura, apesar da realidade.

    Beijos.

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