[Resenha] Cidade do Fogo Celestial

Cidade do Fogo Celestial

Os Instrumentos Mortais – vol. 6

Cassandra Clare

Galera Record

531 páginas

Cidade do Fogo Celestial escrito por Cassandra Clare é o último volume da série Os Instrumentos Mortais, que encerra com chave de ouro uma história que conquistou milhões de fãs ao redor do mundo. É impossível não começar essa resenha com aquele sentimento saudoso, nos despedindo dos personagens que acompanhamos no decorrer de alguns anos. Até parece um sinal de loucura sentir saudades de um personagem ou de um livro, mas quando a história nos conquista desde o primeiro volume é impossível não se sentir órfão.

Sebastian espalha o terror entre os Nephilim e pelo Submundo. Com seus soldados, os Crepusculares, Sebastian ataca todos os institutos ao redor do mundo, transformando a todos em servos malignos ou assassinando quem deseja. Com a ajuda do Cálice Infernal, aumenta seu exército de Crepusculares, rompendo laços familiares e antigas alianças.

Inseguros do próprio futuro, os Nephilim se exilam em Idris, fechando as barreiras para qualquer contato com algum membro do Submundo. Mas os Caçadores de Sombras afastados e encurralados, quem defenderá o mundo dos demônios?

Com essa pequena premissa, iniciamos a história acompanhando o ataque ao Instituto de Los Angeles, lar de Emma Carstairs e Julian Blackthorn. Foi uma surpresa conhecer um pouco mais dos personagens protagonistas da próxima trilogia de Cassandra Clare, The Dark Artifices. Emma é uma jovem extremamente inteligente e habilidosa, traz uma personalidade marcante e ousada, pronta para defender a todos por quem se importam. Julian é o ponto de equilíbrio, aquele que sempre está por perto para ajudá-la, apoiando em todos os momentos.

Clary e Jace estão mais unidos do que nunca, mesmo diante de todas as adversidades que ainda precisam enfrentar. É interessante acompanhar o amadurecimento do casal desde o primeiro volume da série, onde podemos notar a unidade sólida que eles formaram, confiando, protegendo e lutando lado a lado.

Alec e Magnus estão em um momento complicando do relacionamento, onde precisam decidir o que estão dispostos a abrir mão para que o relacionamento entre eles dê certo.

E mais uma vez, para meu próprio deleite: Simon e Isabelle. Esse casal me conquistou e não esperava gostar mais deles do que Jace e Clary. Simon é um personagem que amadureceu, que a cada página surpreende os amigos com seu espírito de lealdade e abnegação. Torci por esse personagem desde o primeiro livro, quando o conhecemos ao lado de Clary, onde acompanhei cada dificuldade que ele enfrentou, mas que nunca se deixou se abalar.

Outro personagem que a autora trabalhou nos dois últimos livros, foi Sebastian. Ele é o vilão, traz a maldade no sangue, mas cada vez que ele aparecia, uma faceta de solidão surgia ao lado de suas atitudes. Nada justifica suas atitudes, mas nota-se sua tristeza e desejo de ser aceito e amado por alguém.

Cassandra Clare torturou o meu coração nesse último volume, onde perdi as esperanças em alguns momentos, acreditando que veria o fim de personagens queridos. Mas sempre surpreendendo, Cassandra mostra o porquê tanto adoramos suas séries, acompanhando e aguardando avidamente cada volume.

Os Instrumentos Mortais é uma série que deixará saudades. Acompanhei a trajetória desses personagens desde o primeiro volume, e é difícil me despedir deles. Cada perigo, aventura, batalha, desavença, esperança, romance que eu lia nas páginas, minha certeza era consolidada que será difícil uma série ocupar o mesmo espaço que os livros da Cassandra Clare ocuparam em meu coração. Exagero... eu sei. Mas é impossível esquecer daquelas séries, trilogias preferidas que nos marcam para sempre.

Com um gostinho de quero mais, Cidade do Fogo Celestial encerra com maestria essa série, nos deixando na certeza que teremos um enredo e personagens a altura na próxima trilogia. E que venham Emma e Jules! Nós precisamos de personagens assim, que nos deixam marcados e com saudades ao concluir a leitura. 

Nota: