[Resenha] A evolução de Mara Dyer

A evolução de Mara Dyer

Mara Dyer – vol. 2

Michelle Hodkin

Galera Record

405 páginas

A evolução de Mara Dyer escrito por Michelle Hodkin é o segundo volume da Trilogia Mara Dyer onde acompanhamos Mara em sua busca para descobrir seu sombrio poder e os fatos inexplicáveis que rondam a sua vida.

Após os acontecimentos finais do primeiro volume, Mara Dyer sabe que não está louca e que consegue acabar com uma vida apenas com o pensamento. Assim como o simples toque de Noah pode curar qualquer ferimento. Mas o retorno de um personagem sombrio e perigoso pode colocar a vida de Mara e de todos que ela ama em perigo.

Mara começa a sofrer episódios de esquecimentos, sonambulismo e alucinações, o que dificulta ainda mais a jovem para convencer a família que não está louca ou sofrendo de estresse pós-traumático.

Tentando manter desesperadamente a sanidade que ainda resta, Mara se esconde atrás de fachada de calma, tranquilidade e equilíbrio. Ela precisa evitar qualquer atitude que demonstra que está perdendo a lucidez, para não obrigar os familiares a internarem em um hospital psiquiátrico. Noah e Mara precisam descobrir o que o misterioso personagem quer, assim como tentam afastá-lo de uma vez de suas vidas.

O que ele quer com Mara? Por que a persegue? Como manter a calma quando sente que está constantemente sendo vigiada? Como demonstrar o equilíbrio quando toda a família está sobre ameaça?

Além de precisar manter a aparência para a família, Mara começa a ter estranhos sonhos com uma pequena menina indiana, confundindo ainda mais a jovem. Mara precisa descobrir uma forma de se proteger e voltar a se equilibrar, conseguindo assim manter em segurança todos que ama. Mas os estranhos acontecimentos que rodeiam a jovem fazem com que ela tenha dúvidas da própria lucidez.

Com uma narrativa ágil e fluída, acompanhamos a segunda parte dessa trilogia, onde a autora pouco revela sobre os mistérios que rodeiam Mara e Noah. Com poucas migalhas de fatos esclarecedores, Michelle prende a atenção do começo ao fim do volume, impossibilitando qualquer comunicação com o leitor após o início da leitura.

É impossível não ficar em dúvida da sanidade de Mara Dyer que cada vez mais sofre com os esquecimentos ou o sonambulismo. Como ela tem um histórico de estresse pós-traumático, muitas de suas atitudes são vistas com desconfiança pelos familiares que cada vez mais acreditam que ela está perdendo a sanidade.

Mara sente-se observada, perseguida, onde acontecimentos deixam-na certa de que todos ao seu redor estão em perigo. Mas como contar que está sendo perseguida se todos acreditam que ela está ficando louca?

Noah é uma lufada de ar fresco, um ponto de equilíbrio na conturbada vida de Mara. Ele sabe e tentam descobrir razões para o que acontece com a jovem, sempre a apoiando e protegendo-a. O romance entre eles é fofo e encorajador, pois buscam equilíbrio entre as dificuldades impostas por um personagem que deveria estar morto.

O volume acaba de uma forma onde fico a me perguntar o motivo da maldade dos autores, em terminar o enredo na melhor parte, onde agora somos obrigados a esperar alguns meses para poder ler a conclusão da trilogia (risos).

O volume traz uma evolução nos personagens e na trama, onde podemos confiar em um ótimo encerramento nas mãos da autora. Com curiosidade e ansiedade, fico aguardando esse encerramento que com certeza, me fará roer as unhas.

Nota: