Cartas de Amor aos Mortos
Ava Dellaira
Editora Seguinte
344 páginas
Olá,
pessoal!
Hoje a resenha é por conta da Rosana do Livrólogos. Confiram:
Eu
adorei a história. Laurel perdeu a inseparável irmã mais velha, a mão está na
Califórnia, tudo isso e ainda ter de lidar com as dúvidas e transições da
adolescência. Não tem nada de mórbido, nem banal.
O
livro é narrado por Laurel, através de cartas escritas por ela, para pessoas
que já morreram, mas que de alguma forma tem alguma coisa a ver com seu
cotidiano e o que passou nos últimos tempos. Por exemplo Kurt Cobain, vocalista
da banda Nirvana. Ela escreve para ele, fala do que pensa sobre a carta que ele
deixou e foi encontrada depois que ele se suicidou, como ele pode deixar a
filha, etc. Ela ouve direto o álbum In Utero do Nirvana e no quarto de sua irmã
o poster dele é sempre citado. Ela fala de como a maneira dele cantar é
impressionante e de como ela e a irmã sempre gostaram de Nirvana.
Às vezes suas músicas dão a impressão de que existia muita coisa dentro de você. Talvez você nem tenha conseguido colocar tudo para fora. Talvez tenha sido por isso que morreu. Como se tivesse implodido. Acho que não estou fazendo a tarefa direito. Talvez eu tente de novo mais tarde. — na carta para Kurt Cobain
O
interessante é que conforme as experiências que Laurel vai passando, as cartas
vão ficando mais intensas e mais do que aconteceu antes da morte da irmã, nos é
apresentado.
Na
verdade, era para ser uma carta, para alguém que ela perdeu, somente um
trabalho da escola. Mas ela não entrega durante o ano letivo.
As
duas irmãs sempre brincavam que May era fada e que seus feitiços afastavam as
bruxas, mas May sempre achou que era a “cola”que mantinha unida a família, e
como se sentiu mal pela separação.
Após
a morte de May, Laurel continua sua vida, mas seguindo de certa forma os passos
da irmã. Vai descobrindo que ela estava meio perdida. E, Laurel, também está
meio perdida e destrutiva. Ela sente muita culpa e guarda um segredo que
a consome.
Agora
é sua entrada no ensino médio e ela muda de escola para não ficar perto dos
antigos amigos e de quem conhecia May, para não ter aquele olhar de piedade. E,
nessa escola nova, ninguém a conhece. É perto da casa de sua tia, irmã de sua
mãe. Por conta da separação dos pais, uma semana seria com o pai e a outra com
a mãe, mas a mãe foi para Califórnia, para se “encontrar” e Laurel vai passar
essas semanas revesadas na casa da tia, que tem um apego bem grande com
religião.
Ela
faz amigos, os “estranhos normais” Hannah e Natalie, com quem se sente
bem. Depois, são Tristan e Kristen em seu círculo de amigos. Apaixona-se por
Sky, um garoto que foi expulso da antiga escola e meio misterioso, e até o fim
do livro, vai descobrindo o quanto eles tem em comum e uma ligação que ela não
imaginaria.
Dúvidas,
amadurecimento, ritos de passagem da adolescência, tudo muito bem abordado e
sempre através das narrações. A autora fez de uma maneira que nos envolvemos na
história e nos surpreendemos a cada carta. São conversas íntimas , segredos
divididos com um amigo próximo.
São
cartas para Amelia Earhart , pioneira na aviação, Janis Jopplin, Jim Morisson e
outros músicos, Judy Garland , escritores, poetas como Byron, Keats. Laurel
sempre traça um paralelo com as experiências dela e da irmã e a vida dessas
pessoas e também conta um pouquinho da história de quem a carta se destina.
Todo mundo conhece sua voz. Mas nem todo mundo sabe de onde você realmente é, a não ser dos ?lmes.Penso em você pequena, em dezembro, na cidade onde cresceu, perto do deserto de Mojave, sapateando no palco do cinema do seu pai. Cantando músicas de Natal. Você aprendeu logo que os aplausos fazem alguém se sentir amado.Penso em você nas noites de verão, quando todo mundo ia ao teatro para aproveitar o ar-condicionado. No palco, você fazia a plateia esquecer por um momento as mazelas da vida. Sua mãe e seu pai sorriam. A maior emoção deles era ver você cantar.Depois, o ?lme passava como um borrão preto e branco, e de repente você tinha sono. Seu pai a levava para fora, e era hora de voltar para casa naquele carro enorme, como um barco navegando na superfície de asfalto escuro. — na carta para Juddy Garland
Um
livro adorável, que vai surpreender. Capa
é linda. Como recebi a prova do livro, não é a versão final, então não falarei
nada da revisão, mas a tradução está ótima.
Nota:
Oi!
ResponderExcluirFiquei curiosa quando vi o título do livro e mais ainda quando li a sinopse. Parece ser uma história linda, sem contar que a narração pelas cartas deve dar um toque todo especial...
Beijos
sobrelivrosesonhos.blogspot.com.br
Olá querida!! Este livro me chamou muito a atenção desde que fiquei sabendo de seu lançamento, pois confesso que ainda não tive oportunidade de ler nada parecido um livro de cartas ainda mais direcionado aos mortos. Fiquei ainda mais interessada em ler depois de conferir tua resenha...Beijos e amo esta capa =)
ResponderExcluirEstou super interessada neste livro, quero ver se o leio este mês... http://diariosdeumadesconhecidacomilona.blogspot.pt/
ResponderExcluireu já tinha achado a capa bem bonita.
ResponderExcluira principio não sabia que eram realmente cartas escritas no livro..
mas achei bem interessante.
gosto de livros com cartas, listas e etc.
faz com que eu me sinta mais próxima do personagem..
é como se você pudesse entrar nos pensamentos dele..
Oi Rosana,
ResponderExcluirEu adorei essa capa, me instigou a ler.
Acredito que esta foi a primeira resenha que li e me deixou com vontade de ler. Essa carta de Laurel ficará mais para jornal e livro do que uma simples carta.
Gostei dos quotes selecionados. Queria ler a carta ao Kurt por completo. =)
Minha Velha estante
Leitura Nossa de Cada Dia
Estoooou louca pra ler este livro!
ResponderExcluirParticipei de sorteio e não ganhei agora este mes de top comentarista mais nem sei ser for finalmente ganhar deste livro ja que não tenho sorte em Top
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