Reboot
Reboot – vol. 01
Amy Tintera
Galera Record
352 páginas
Reboot escrito
por Amy Tintera é o primeiro volume da série de mesmo nome, que já conta com
dois volumes já publicados, onde acompanhamos a jovem Wren em mundo pós-apocalíptico,
onde humanos e reboot lutam pela
sobrevivência.
Quando grande parte da população do Texas foi
dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Intitulados
como Reboots, os humanos retornavam a
vida mais fortes, rápidos e quase invencíveis.
Os Reboot
são marcados com a quantidade de minutos que demoraram a voltar à vida. Sendo
assim, os -60 significam que voltaram mais rápido e trazem mais dos traços
humanos, como os sentimentos. E os +120, são os que mais demoraram a retornar,
tornando-se pessoas frias, letais que fazem de tudo sem sentir nenhum remorso.
E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida
como 178, a Reboot mais implacável da
CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, que reinicializou após 178
minutos depois de morrer com três tiros no peito. Sua principal função é
capturar Reboots e humanos rebeldes
que ameaçam a população, além de poder treinar os novos Reboots.
Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar,
e sempre opta pelos Reboots de número
mais alto, que têm maior potencial. Ela é um espécime raro, já que poucos se
aproximam do tempo em que ela demorou a retornar.
No entanto, quando a nova leva de novatos chega à
CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência
com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade
dos reinicializados começa a mudar.
É no questionamento e atitude desafiadora de Callum Reyes, que chama a atenção
de Wren.
Em uma realidade onde os Reboots são temidos e desprezados, a CRAH é a única opção para aqueles
que foram reinicializados. É ela que fornece abrigo e alimentos para os
Reboots, algo que Wren não tinha quando era viva, mesmo que isso signifique as
missões violentas que precisa realizar.
Mas através do questionamento de Callum 22, a
Reboot mais implacável começa a questionar suas convicções, assim como o que
todos afirmam: será que ela não tem nenhum sentimento?
Entre tantos livros lidos nos últimos meses, posso
dizer que poucos tornam-se destaque por trazer algo novo no enredo. E Amy
Tintera conseguiu esse feito, através de Reboot. Com uma protagonista forte,
fria, que obedece todas as ordens sem questionar, acompanhamos Wren em sua
redescoberta dos sentimentos, assim como as falhas de uma organização que diz
cuidar e proteger dos Reboots.
Para aliviar a tensão da trama intensa, o romance
entre Wren e Callum é fofo e enternecedor. A forma como aos poucos Callum consegue
penetrar a fachada fria da jovem, faz com nos apaixonemos por ele também,
torcendo pelo casal do começo ao fim.
Além de acompanhar o quanto a humanidade de Callum
começa a afetar Wren, acompanhamos fatos estranhos que acontecem com os -60,
que cada vez tornam violentos e irracionais. E entre um destes, está a
companheira de quarto de Wren, Ever, que começa a ter acessos de fúrias e uma
estranha fome por carne.
A narrativa da autora é fluída, envolvente, onde
criou uma trama recheada de ação, com uma história onde você não consegue
largar após iniciada. O volume termina de uma forma onde precisamos urgente da
sequência.
Reboot é o primeiro
volume de série onde tem muito a crescer e a surpreender. Neste início, podemos
notar o quanto essa autora arrebatará os leitores, só nos restando esperara
para os próximos volumes. Leitura indicada para os leitores que buscam enredos
distópicos inovadores e emocionantes.
Nota:

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