[Resenha] A Irmandade Perdida

A Irmandade Perdida

Anne Fortier

Editora Arqueiro

528 páginas

A Irmandade Perdida escrito por Anne Fortier traz uma linda trama sobre a história das Guerreiras Amazonas, e a sua importância para o mundo contemporâneo. Mencionadas pelos gregos antigos, em registros oficiais quanto na mitologia, as guerreira Amazonas são conhecidas em período antes de Cristo.

Existem poucas evidências sobre a sua existência, mas inspiraram diversas lendas sobre seus feitos. Segundo as lendas, as Amazonas eram guerreiras que viviam em comunidades exclusivamente femininas. Uma das Amazonas famosas é Pentesileia, que se encontrou com Aquiles durante a guerra de Troia, e Myrina, rainha das guerreiras africanas.

E na trama criada por Anne, vamos conhecer mais sobre Mirina.

Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios. A avó deixou para Diana um caderno, que a ela descobre ser de fundamental importância para conseguir decifrar o dialeto que pode ser das Amazonas.

No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto. 

Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos. 

Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas. 

A história entrelaça o passado de Mirina com o presente de Diana, onde as protagonistas percorrem Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia.

É o primeiro livro que leio da autora, e estou encantada com sua narrativa, onde traz protagonistas de características marcantes, determinadas, que tem uma luta em comum, que é manter viva as amazonas e preservar o seu legado para a humanidade.

Entre as duas linhas narrativas, é impossível não se encantar com a trajetória de Mirina que se inicia ao proteger e acompanhar a irmã mais nova, que é dotada de intuição para futuro, além de ser deficiente visual. Mirina viaja por quilômetros até conseguir chegar a uma ilha onde tem um templo onde vivem somente mulheres. É nesse lugar que ela faz amizades inestimáveis, assim como começa a se auto descobrir.

Diana também é uma mulher que se destaca, onde continua a estudar e a descobrir mais sobre a sua paixão, sem se deixar abater com as dificuldades que já enfrentou. Quando começa a descobrir indícios sobre a veracidade das Amazonas, ela fará de tudo para poder comprovar esses detalhes.

A autora consegue mesclar com perfeição uma trama de investigação, romance, drama com a mitologia, aventura e a arqueologia, sendo um deleite para os curiosos de plantão sobre o tema.

O enredo é ousado, onde traz a importância da mulher em diversos momentos históricos. É uma aventura incrível com personagens femininas que se destacam, e deixam um leitor encantado com cada um dos perigos que elas precisam enfrentar. A Irmandade Perdida é um livro único, perfeito para os leitores que apreciam tramas que mescla mitologia, fatos históricos com uma ótima trama. Impossível não ficar vidrado as páginas, ansioso para acompanhar cada um dos feitos de Mirina e Diana.

Nota: