[Resenha] - A Morte de Sarai

A Morte de Sarai

Na Companhia de Assassinos – vol. 01

J.A. Redmerski

Suma de Letras

255 páginas

A Morte de Sarai escrito por J. A. Redmerski é o primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, onde acompanhamos um enredo original e viciante, onde não consegui largar por nada.

Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte. Sofrendo os mais diversos abusos físicos e psicológico, Sarai tenta sobreviver diante de um mundo de violência.

Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. E ela espera ansiosamente surgir uma oportunidade para fugir.

Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo. Victor é imune a qualquer chantagem que Sarai faz, ao mesmo tempo, ele a ajuda, dando proteção e uma oportunidade de sobrevivência, algo que ela nunca esperava.

Dedicado a ajudar a garota a recuperar sua liberdade, Victor se descobre disposto a arriscar tudo para salvá-la. E Sarai não entende por que sua vontade de ser livre de repente dá lugar ao desejo de se prender àquele homem misterioso para sempre.

É o primeiro livro que leio da autora e fui surpreendida com a narrativa. A Morte de Sarai foi um livro muito recomendado, e confesso que estava receosa de conferir a leitura, por imaginar que me decepcionaria. Mas a autora surpreendeu e não vejo a hora de conferir o próximo volume da série.

Mesmo com tudo o que passou na vida, Sarai não é uma mulher frágil. Sim, ela ainda está fragilizada devido ao terror psicológico e físico que viveu, mas ela não deixa de ser determinada, lutadora, e disposta a tudo para sobreviver. Victor é o típico mocinho (ou seria vilão), que não demonstra nenhuma emoção, executando os serviços pelo qual é contratado com precisão e sem qualquer remorso.

Quando se conhecem, é impossível imaginar alguma química entre eles, mas não se enganem, a tensão que existe entre os dois, meche com o coração dos leitores. A história é recheada de ação, perigosos, incertezas, traições... impossível não ficar grudada as páginas do começo ao fim.

A Morte de Sarai é uma das melhores leituras do ano, e não vejo a hora de ler a continuação. Realmente, é uma história que merece destaque, devido a originalidade da trama.

Nota: