Olá,
pessoal!
Vamos conferir a resenha da Beta sobre o livro A Louca dos Gatos?
O livro se chama A Louca dos Gatos.
A
LOUCA
DOS
GATOS.
Sério que alguém achou que eu não ia
ler?
A louca dos gatos – Sarah Andersen –
Seguinte
(Herding Cats - 2018)
Vamos lá: eu amo gatos. E parece que
eles sabem disso porque – tirando meu sobrinho Tunin que só ama os pais dele –
os outros vão com a minha cara.
Quantos gatos eu tive na minha vida até
agora? Nenhum. Esse trem de morar na casa de família sempre dá confusão, tem um
alérgico, tem outro que O-D-E-I-A gatos. Enfim, passei minha vida tendo gatos
de pelúcia (ganhei Jacques de meus amigos na faculdade) e querendo adotar um
gato preto pra mim,
Sim, tem que ser preto. Neste caso, não
tenho superstição nenhuma.
Aí quando vi o livro da cartunista
Sarah Andersen foi um caso de amor à primeira vista.
E depois, quando tive a oportunidade de
ler, foi uma maravilha. Coincidiu de ter tido um dia difícil e decidi olhar as
primeiras páginas antes de dormir.
Preciso dizer que não sosseguei até ler
tudo? E que foi uma leitura relâmpago recheada de gargalhadas.
Gargalhadas de diversão, de
identificação, de lamento, de me enxergar no traço e nas palavras da autora e,
em alguns casos, de tristeza por um mundo que a levou a desenhar algumas
situações que a gente ri pra não chorar.
Nas tiras de A Louca dos Gatos,
Sarah Andersen fala sobre a vida moderna, a pressão, o estresse, a ansiedade, o
preconceito, o machismo, a confusão de como estar neste mundo sem se deixar derrubar
pelo que vemos, ouvimos e lemos dos outros. Gostei do humor, às vezes,
delicado, mordaz, irônico. Gostei de ela ir direto ao ponto – e por isso ressoa
de forma tão direta em quem lê.
Ela mesmo diz que sentiu drasticamente
a diferença de como as pessoas mudaram com a evolução da internet, do quanto
algumas pessoas perceberam que poderiam criar, serem felizes, compartilhar e do
quanto outras usam o espaço para serem simplesmente más e espalharem discórdia.
Sim, acontece no mundo real e ainda mais no virtual com a promessa de
impunidade (porque pensam que não podem ser localizados, mas podem, o problema
é que não vivemos em um episódio de CSI ou a maioria das pessoas não é
“célebre” o suficiente para que as coisas se resolvam rapidamente).
Você entende porque algumas pessoas -
tipo Sarah, tipo Roberta – prefiram ser a louca dos gatos. É a forma de se
manter estável em um mundo cada vez mais instável, onde qualquer coisa é motivo
para briga, onde opiniões são dadas sem base e muitas vezes sem necessidade e
onde as pessoas acreditam que precisam parecer ao invés de ser.
Parecer ser feliz é moleza. Difícil é
ser.
Tentar ter uma voz neste cenário não é
fácil. Exige sacrifício, determinação, disposição para não se deixar abater
quando as derrotas acontecerem e encontrar razões para manter a chama interna
acesa, alimentando a fé (no próprio potencial), a criatividade e a capacidade
de buscar a humanidade mesmo quando ela parece perdida.
E Sarah desenha isso muito bem. Fiquei
curiosa para ver as outras antologias de tirinhas dela.
Talvez mude muitas coisas nesta vida,
mas uma não tem cura: sim, sou a Louca dos Gatos.
Sarah’s Scribbles
Ninguém vira adulto de verdade
Uma bolota molenga e feliz
Bacci!!!

















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