Sem fôlego.
Este livro me deixou assim em boa parte dele.
Até porque
as coisas ocorrem de forma vertiginosa e a gente não consegue parar até saber
como vão terminar!
Uma coisa
absolutamente fantástica – Hank Green – Seguinte
(An
absolutely remarkable thing - 2018)
Personagens:
April May, Andy, Maya, Miranda, Robin, Carl e um monte de gente
Um robô
aparece em Nova York e April May e Andy decidem fazer um vídeo falando sobre o
que pensavam ser um trabalho de um artista. Foi o ponto de partida para a
descoberta de que havia outros 63 “Carl” – como April May o batizou –
espalhados pelo mundo. Pouco se sabe sobre eles. E decifrar este mistério se
torna uma obsessão para April May e os amigos e os irão levar a conflitos com
quem considera os robôs uma ameaça, haters, muitos muitos mas
muitos mesmo problemas e pode colocar mais que o acreditam em risco.
Comentários:
- Como é que
se explica este livro? Não sei. E como é que se fala sobre ele sem falar o que
não deve? Juro que vou tentar...
- O livro
fala sobre a humanidade e a falta dela, usando como catalisador o aparecimento
de 64 robôs em diferentes pontos da terra. A narradora da história é April May,
uma designer de 23 anos. Ela percebeu a presença do robô em Nova York e não
hesitou em chamar o melhor amigo, Andy para fazer um vídeo de madrugada, onde
ela interage com o que pensa ser uma instalação artística e o batiza de Carl.
- A partir
da descoberta de que Carl Nova York não era o único, April May se vê impelida a
ser a pessoa que conta esta história, por uma série de razões. No entanto,
quando a presença de Carl passa a ser questionada, ela se torna a porta voz dos
que acreditam que os robôs não eram uma ameaça. E parece atrair cada vez mais
confusão, se tornar alvo e perceber que está no epicentro de algo nunca
enfrentado antes pela humanidade.
“April, você
não faz a menor ideia. Não tem a menor noção do que está fazendo. Só está
tentando achar um público pra te amar, porque não sou o bastante. Bom, isso
também não vai ser suficiente, mas acho que você vai ter que descobrir sozinha”
- No
processo para se tornar a voz da história de “Carl”, April May deixa de ser
cada vez ela mesma. Ela ignora conselhos de Andy; de Maya – a garota a quem
chegou mais perto de amar sem assumir; de Miranda e de Robin, que se uniram ao
grupo na jornada sobre Carl. E mesmo narrando, ela não se omite dos erros
(apesar de querer justificar o que considerou ser o mais grave deles, mais ou
menos no meio da história). As facetas de heroína e anti-heroína se misturam
nas escolhas que ela faz, em vários momentos, traindo o melhor de si mesma. A
gente acompanha todos os limites morais, éticos e até mesmo de autopreservação
que ela se vê desafiada.
- Hank Green
tem um bom ritmo de escrita, instigando quem lê a seguir em frente para saber o
que acontecerá com a protagonista, o grupo que a acompanha, toda a atenção que
ela procurou e despertou nos outros, os ataques de opositores. Ao mesmo tempo –
mesmo que pela visão de quem narra –, aborda com como várias pessoas diferentes
– incluindo April May – tenta tirar proveito da situação. Não haverá regras em
um jogo onde vários querem lucrar e não hesitam em tirar outros ou mesmo
sacrificá-los.
Tudo
costurado pelo mistério-mor: o que são os robôs, de onde vieram e o que querem?
Unir, observar ou destruir a humanidade? Ou será que eles não são os
verdadeiros e/ou únicos “monstros” desta história?
- Ah, só pra
constar: não sou habilitada a comparar a escrita dos irmãos Green, por motivo
de: o único livro que li do John foi o Will & Will, que ele
escreveu em parceria com o David Levithan. Então deixo para quem
já passou por esta experiência, que ainda não tenho.
Mas gostei
do jeito Hank Green de contar histórias. Especialmente esta que tenta nos
mostrar as consequências e decadência moral de vários personagens após uma
coisa absolutamente fantástico
Se quiser
saber mais um pouco, veja o livro nas palavras do autor no vídeo abaixo,
publicado no canal da Barnes & Nobles (legendas
em Inglês)
Bacci!!!
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