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[Resenha] Uma Coisa Absolutamente Fantástica

em quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Uma Coisa Absolutamente Fantástica
Hank Green
384 Páginas
Editora Seguinte

Uma Coisa Absolutamente Fantástica é o aguardado livro de estreia de Hank Green (irmão de John Green, autor de A Culpa é das Estrelas), onde traz uma história sobre uma jovem que se torna uma celebridade sem querer, e além de se adaptar a viver com a fama, ainda precisa desvendar um mistério muito maior que poderia imaginar.

Eu estava curiosa para conferir esse livro para saber como seria a narrativa do autor, assim como a história seria conduzida. Não iniciei a leitura com a ideia de “comparar” a narrativa de Hank com John, pois sei que cada autor traz características diferentes, mas sim porque queria saber mais dessa trama.

“Enquanto volta para casa depois de trabalhar até de madrugada, a jovem April May esbarra numa escultura gigante. Impressionada com sua aparência — uma espécie de robô de três metros de altura —, April chama seu amigo Andy para gravar um vídeo sobre a aparição e postar no YouTube. No dia seguinte, a garota acorda e descobre que há esculturas idênticas em dezenas de cidades pelo mundo, sem que ninguém saiba como foram parar lá. Por ter sido o primeiro registro, o vídeo de April viraliza e ela se vê sob os holofotes da mídia mundial. Agora, April terá de lidar com os impactos da fama em seus relacionamentos, em sua segurança, e em sua própria identidade. Tudo isso enquanto tenta descobrir o que são essas esculturas — e o que querem de nós.”

April foi uma personagem que me irritou profundamente durante a leitura, pois ela ficou insana depois que ficou famosa. Ela mergulhou de cabeça no status de celebridade, sem se importar com as pessoas de seu convívio, como a namorada ou o melhor amigo. Como o livro é narrado por April, conhecemos todos os pensamentos da protagonista, o que me deixou irritada diante da infantilidade em diversos assuntos.

Depois que se tornou uma celebridade, April vive pela ambição de ter mais fama, seguidores, de continuar na mídia mesmo depois que a febre mundial ocasionada por Carl (nome dado ao robô) acabar. E quanto mais ela quer ser famosa, mais ela se afasta de todos, até de si mesma, apenas com o intuito de descobrir algo primeiro que todas as outras pessoas. De forma sutil, o livro chama a atenção do leitor sobre dar uma grande importância para alguém, tornando-a uma celebridade apenas por viver uma situação fora da normalidade.

Diante de tantos pensamentos egoístas e inconsequentes, foi complicado acompanhar a leitura de uma personagem tão chata, que me irritava a cada capitulo diante da sua vontade de ser a primeira em tudo. O que eu gostei da trama foi a investigação do robô, que deixou aquela sensação de que tem muito mais do que todos imaginavam. Gostei de como a história foi desenvolvida diante do mistério em torno de Carl, o que tornou a leitura tolerável, mesmo com uma protagonista tão irritante.


Hank Green mostrou que tem talento para criar uma história para o público jovem, que ao mesmo tempo em que diverte, ainda faz refletir diante das atitudes da protagonista. É um bom livro, que merece a atenção dos leitores.

Nota:



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