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[Resenha] A Grande Solidão

em terça-feira, 18 de dezembro de 2018
A Grande Solidão
Kristin Hannah
400 Páginas
Editora Arqueiro


A Grande Solidão escrito por Kristin Hannah traz uma emocionante história amor e perda, retratando uma família que faz de tudo para sobreviver diante das mais diversas situações da vida.

Eu leio vorazmente os livros da autora, pois cada trama é ainda mais emocionante que a outra. A autora não mede esforços para trazer uma grande carga emocional, assim como evidenciar a complexidade dos sentimentos humanos. Em um lugar afastado de tudo e todos, com recursos escassos, os personagens descobrem a verdadeira essência e o que estão dispostos a fazer e suportar pela família.

"Na trama, estamos no ano de 1974, e acompanhamos Cora fazendo novos sacrifícios para tentar trazer paz para Ernt, seu marido. Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca. Acredita que viver em um local afastado e com poucas facilidades é o que precisa para encontrar a felicidade.
Mesmo diante de tantas mudanças, Cora é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor, que o pai voltará a ser como era antes da guerra.
E mesmo sendo um local selvagem e afastado, Alasca parece ser a resposta para tudo, com seus longos dias ensolarados e com a generosidade do povo local. Mas a família de Ernt está despreparada e tem poucos recursos para sobreviver ao rigoroso inverno.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa."

A história é narrada em três períodos na vida dessa família. O ano de 1974, 1978 e 1986, onde acompanhamos todos os detalhes do que ocorreu aos personagens.

Narrada essencialmente por Leni, descobrimos junto com a personagem, a complexa relação dos pais, assim como as atitudes de Ernt, seu pai, nesse local selvagem. É emocionante ver o amadurecimento da personagem, que precisa se adaptar ao novo ambiente, totalmente diferente do mundo em que vivia. Em um local tão afastado e com poucos recursos, é necessário sobreviver e isso nem sempre é tão fácil.

Coral é uma mulher que fez os mais diversos sacrifícios para ficar ao lado do marido, desistindo da família para que pudesse viver com ele. E ela continua a enfrentar qualquer coisa para manter a família unida.

É interessante acompanhar o quanto o meio em que eles estão vivendo começa a desnudar o intimo de cada um. Cora precisou encontrar forças para manter a filha protegida; Leni preciso se adaptar para ajudar a mãe; e Ernt... vive com tantos fantasmas, que o novo ambiente apenas aflora o tormento em que está vivendo.

É uma história linda, emocionante, a autora sabe como conduzir um drama familiar sem cair nos clichês. Kristin consegue descrever a complexidade dos sentimentos humanos, mostrando suas falhas, vícios, suas tentativas de encontrar a felicidade diante dos problemas que enfrentamos na vida. Aquele tipo de história que depois que começa, não consegue mais parar, querendo saber todos os detalhes do que vai acontecer a cada um dos personagens.

Nota:



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